Assaltos nos ATM preocupa untentes em Cacuaco
Com aparelhos TPA e armas de fogo, os meliantes estão a sequestrar e assaltar utentes bancários que pretendem ou fazem levantamento de dinheiro nos ATM, no município de Cacuaco
Por: Kihunga Bessa
Segundo Distinto Panzo Hinda, de 62 anos, uma das vítimas, informou ao NA MIRA DO CRIME que terá sido sequestrado em Cacuaco e depois abandonado nas imediações do Cazenga, no dia 24 de Dezembro de 2022, quando pretendia fazer um levantamento de valores que havia na sua conta, para a preparação da seia do natal.
Acrescentou ainda que a acção foi realizada quando ao sair do supermercado Africana, onde tentou efetuar o levantamento, não havendo dinheiro, caminhava para outros bancos. Mas nas imediações do Jango deparou-se com um jovem que simulou ser alguém perdido distraindo-o com conversas e, de repente, aparece uma viatura para onde foi empurrado rapidamente e apontado uma arma de tipo pistola, para não fazer movimentos estranhos. Ao longo da caminhada foi-lhe obrigado a efectuar o levantamento e transferências, até zerar as contas.
"Tive na minha conta 68 mil tive que dar aos bandidos, debaixo daquela de ameaças de morte", conta.
Quem também foi vítima desse tipo de assaltos, é o senhor Gonçalves Sebastião, Afonso de 47 anos de idade, que foi sequestrado no dia 26 de Dezembro, dois dias depois do seu colega ter passado pela mesma situação. Foi sequestrado e deixado no desvio da barra do Dande, província do Bengo.
Gonçalves disse que os meliantes receberam uma pista errada de que teria levantado 500 mil Kwanzas. Durante o percurso lhe era exigido esse valor, quando só dispunha 45 mil.
"Eles confundiram a pista, porque éramos duas pessoas com camisa de pano, saindo do Banco na Africana e o outro tinha ficado no banco", especificou.
"Com a raiva de terem falhado o alvo, queriam matar-me, tendo havido discussão entre eles, mas um dos marginais deles aconselhou os outros a me deixarem num matagal, uma vez que não os conhecia", disse.
Os utentes desconfiam ser uma rede grande, onde os pontos principais são na Africana e no Jango da Vila de Cacuaco.
Segundo informações, essas práticas já existem há algum tempo e os munícipes pedem um serviço aturado do Serviço de Investigação Criminal na zona, de formas a desmantelar essa onda de criminalidade.