O Presidente da República, João Lourenço, deixou esta sexta-feira (15) a capital angolana com destino à Guiné Equatorial, onde irá participar, ainda hoje, na Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

À sua saida, o Estadista recebeu cumprimentos de despedida da Vice-presidente da República, Esperança da Costa, e de outros membros do Executivo.

De acordo com o secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação e Imprensa, Luís Fernando,  a reunião de alto nível terá lugar na cidade de Djibloho, novo centro político e administrativo em ascenção.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foi  criada em Libreville (Gabão), em Dezembro de 1981.

A CEEAC tornou-se operacional em 1985 e seus objectivos são promover a cooperação e o desenvolvimento auto-sustentável, com particular ênfase na estabilidade económica e melhoria da qualidade de vida.

É  integrada por Angola, Burundi,  Camarões, República Centro-Africana, Tchad, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.

Cimeira da CEEAC acontece esta sexta-feira em Djibloho

A V sessão extraordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) acontece esta sexta-feira, no centro de conferências de Djibloho, Guiné Equatorial.

O evento é antecedido, com a realização, na quinta-feira, da reunião do Conselho de Ministros, no quadro do Conselho de Paz e Segurança da África Central (COPAX) sobre a transição política no Gabão.

Durante a reunião, os ministros analisaram o relatório intercalar do facilitador da CEEAC sobre o processo de transição no Gabão, bem como as recomendações do Presidente da Comissão da CEEAC sobre a implementação da decisão relativa à deslocalização provisória da sede da comunidade de Libreville para Malabo (Guiné Equatorial).

O Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) decidiu submeter, esta sexta-feira, 15, à aprovação dos Chefes de Estado e de Governo da organização uma proposta da criação de um fundo financeiro para apoiar as missões do facilitador no Gabão.

Segundo o ministro angolano das relações Exteriores, Téte António, os ministros concordaram com a proposta da Guiné Equatorial, tendo em conta os custos inerentes às missões do facilitador indicado pela organização para as abordagens com as autoridades gabonesas e os actores da sociedade civil. 

Téte António adiantou que, nos últimos três meses, o mediador indicado pela CEEAC, o Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, deslocou-se ao Gabão, em várias ocasiões, para contactos com as autoridades gabonesas e diversos actores da sociedade civil, no quadro do esforço para o retorno à normalidade.

O Gabão foi suspenso e afastado da liderança do órgão, em Setembro deste ano, na sequência do golpe de Estado que culminou com o fastamento do Presidente Ali Bongo Ondimba, então presidente da CEEAC, do poder.

Para o efeito, a CEEAC aprovou a transferência temporária da presidência do Gabão para a Guiné Equatorial.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central elaborou um roteiro para servir de bússola orientadora para o mediador aplicar as medidas que foram tomadas pela organização.

A CEEAC é constituída por Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.