Tal como na JURA: Direcção cessante da LIMA impõe candidata “querida” da direcção do partido
A maioria dos congressos tanto da JURA (braço juvenil da UNITA) como da Liga da Mulher Angolana (LIMA) – que é a organização feminina do partido, está pintada por interferências da direcção da organização partidária. Desta vez, no congresso da LIMA, marcado para Setembro próximo, a direcção cessante está a ser acusada de impingir a sua candidata, Etna Nunda Kapapelo, que é, alegadamente, candidata escolhida pela liderança do partido.
Por: Lito Dias
Esperavam-se outros argumentos que não fossem fúteis ao ponto de propiciarem, uma vez mais, confusão no final de todas contas, forçando uma das concorrentes a rejeitar os resultados do voto secreto no certame.
Embora se pretenda esconder essa movimentação, este Jornal sabe que nas viagens que a Presidente cessante da LIMA, Bonguela Abel, e outros membros do seu executivo realizam no interior do país, estão a obrigar diferentes secretárias provinciais e municipais a mobilizarem o voto a favor de Etna Kapapelo, por causa da sua serenidade e espírito congregador.
“Disseram-nos que a Alice Sapalalo, irmã do general Bock, queimou algumas etapas por abraçar a política de massas muito recentemente; pelo que não pode ser presidente da LIMA, enquanto a outra, Cesaltina Kulanda, é muito arrogante e convencida. Se ganhar, só vai querer trabalhar com intelectuais”, revelou uma fonte partidária.
À Cesaltina são atribuídas declarações segundo as quais, pode ser a melhor presidente da LIMA, pois tem uma visão diferente do país e do partido, tudo isso aliado a conhecimentos obtidos nas universidades.
Essas declarações que a fonte diz serem falsas estão a pesar na balança, por estarem a ser amplamente usadas, ao pretenderem estabelecer comparações entre as três candidatas.
Neste momento, adianta a fonte, as mulheres da UNITA prepararam-se para realizar as conferências provinciais para a eleição das delegadas ao congresso sob algum clima de tensão, pois as delegadas que defendem a candidatura de Kulanda preparam-se para contra-atacar, ainda que em off, uma vez que outras informações postas a circular revelam que Etna Kapapelo teve um caso amoroso com o antigo deputado do MPLA e empresário, Elias Chimuku”.
No entender dessas mulheres, essa tal relação que não se sabe se se mantem de pé ou não, pode trazer para o partido alguns dissabores.
“O partido está a criar condições para que os infiltrados se instalem”, acrescentou, salientando que a candidata Etna Kapapelo, conforme se diz no interior do país, é tal preferida, inclusive, pela direcção da UNITA.
O resto é só para animar a política e a democracia interna que tem muitos passos a palmilhar.
De salientar que mesmo, no congresso da JURA, Nelito Ekuikui foi o candidato de Adalberto Costa Júnior, e teve todo o seu apoio. Os outros estavam apenas a animar da pior maneira a festa.