Os Militantes do MPLA, no município do Bocoio, província de Benguela, estão saturados com a gestão do administrador e 1° Secretário do partido naquele município, João Samuel Herculano Neto, que dizem ser incompetente e apelam ao governador provincial para que o substitua.

Por: Kihunga Bessa

Herculano ascendeu ao cargo de Administrador Municipal do Bocoio em 2022, depois das eleições, sucedendo o antigo Administrador, Ernesto Pinto.

De acordo com um dossiê em posse deste Jornal, a manifestação dos munícipes surgiu devido a falta de comprometimento com os serviços políticos e administrativos desde que assumiu o cadeirão máximo do município onde "nada faz".

Além disso, o então secretário dos camaradas, e seus comparsas, são acusados pelos próprios militantes de estarem envolvidos no desviado de 65 sacos de adubo que serviriam para as cooperativas e associação dos ex-militares, tendo usado o ex-cozinheiro daquela administração identificado apenas por "Ezequiel" para comercializar o produto.

Segundo a nossa fonte, o dossiê foi elaborado por um grupo de militantes anónimos descontentes que, sem assinatura, reproduziram em boa quantidade e afixaram-no em todos os locais daquela circunscrição, em forma de protesto.

"Depois dos visados se aperceberem, mandaram retirar das paredes e doutros sítios para não mancharem o bom nome do partido", realçou a fonte que acrescentou que há um descontentamento enorme no seio do partido ao nível municipal, pelo que os militantes apelam o governador provincial de Benguela no sentido de velar pela situação o mais depressa possível.

Importa referir que além das acusações citadas, o Administrador e professores das escolas públicas são acusados de várias práticas ilícitas, tal como o dossiê faz referência, sendo que muitos já tiveram problemas com a lei.