Entrega do “país-real” - Liderança da FPU travada às portas do Palácio Presidencial
Na sequência da cerimónia de apresentação do “país real” na visão da Frente Patriótica Unida (FPU), os dirigentes desta plataforma política levaram o documento a algumas instituições do Estado, incluindo, obviamente, a presidência da República, onde foi recebido pelo protocolo, sem nenhum impedimento, aparentemente.
Por: Lito Dias
Contudo, à saída do protocolo presidencial, a direcção da FPU que andava a pé, foi até ao Tribunal Supremo, mas posta lá, foi informada que aquelas instalações eram apenas uma extensão da instituição. O grosso das estruturas funcional na antiga Provedoria de Justica que ficam justamente na Cidade alta.
A Unidade da Guarda Presidencial e as forças policiais, quando se aperceberam que, afinal, se tratava de uma delegação da UNITA (porque para eles a FPU não diz nada), cujos membros vestiram camisolas pretas com dizeres que apelavam para o fim dos males que enfermam Angola, montaram uma barreira que impedia a progressão dos políticos novamente à Cidade alta.
Ainda assim, de saída do Tribunal Supremo, os líderes da FPU aproveitaram a ocasião para passear pelas ruas de Luanda, distribuindo folhetos desdobráveis sobre a Comunicação de “Angola Real” aos Cidadãos, uma jornada que, segundo as nossas fontes, deve estender-se para os próximos dias.
De referir que o facto de a jornada não ter sido amplamente publicitada facilitou a FPU caminhar da baixa de Luanda até às portas do Palácio Presidencial, para se proceder à entrega do referido documento de 11 páginas, que foi apresentado à imprensa na quarta-feira última, 10 de Julho, numa unidade hoteleira da capital.
O facto de se chegar sem impedimentos até à cidade alta é visto como uma falha das forças de segurança que não se aperceberam, a tempo, de modos a impedir que o grupo de pelo menos 40 pessoas chegasse às portas da residência do Chefe de Estado, que se encontra na província do Bié, onde, esta quinta-feira, procedeu ao lançamento da campanha de colheita agrícola.
Mas esta asserção não é vista como dramática, uma vez que se trava de cidadãos que, pacificamente, entregaram um documento que pode ajudar a resolver alguns problemas.
De referir que para além da presidência da República e o Tribunal Supremo, o referido documento foi igualmente entregue à Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).