Bloco Democrático não aceita divisão política de Luanda
O Bloco Democrático diz que não aceita a proposta do MPLA em dividir, política e administrativamente a capital do País, por considerar a medida eleitoralista.
Por: Telson Mateus
Esta posição foi apresentada ao NA MIRA DO CRIME por Ary da Costa Campos, Secretário Provincial do partido liderado pelo economista Filomeno Vieira Lopes, ao apresentar a visão deste partido que faz parte da Frente Patriótica Unida, a plataforma que congrega partidos políticos na oposição e membros da sociedade civil face a auscultação que o MPLA está a levar a cabo em Luanda.
O partido no poder está a levar a cabo um processo na capital do país com vista a materializar a divisão da maior praça eleitoral, a cidade de Luanda.
"A posição do nosso partido, e isso ficou vincado esta quarta-feira, na conferência de imprensa que o nosso vice-presidente fez, é que o Bloco Democrático rejeita por completo essa divisão político-administrativa da cidade de Luanda", explicou o político garantindo que a prioridade dos luandenses de modo particular, e dos angolanos de modo geral, é a questão do emprego, melhorar as condições hospitalares e educação.
Na visão do Secretário Provincial do Bloco Democrático em Luanda, o MPLA está conduzir um processo com carácter eleitoralista que em nada vai melhorar a vida da população.
"Isso é mais um retrocesso e subterfúgio que o MPLA e o seu grupo parlamentar está arranjar para fugir daquilo que para nós é o essencial, e que isso sim, iria desenvolver o nosso país e a nossa capital, que são as autarquias", notou.
Ary da Costa Campos garantiu que o MPLA não apresentou qualquer documento ou proposta concreta sobre o assunto, facto que o leva a crer que não passa de um embuste para enganar os angolanos menos atentos.
"Continuamos a ter uma proposta cujo documento nunca nos foi apresentado, com dados concretos que justifiquem esta iniciativa. Acreditamos também que as pessoas que foram ouvidas não lhes foi apresentado qualquer documento porque esses dados não existem", asseverou.
Em gesto de conclusão, o político foi mesmo contundente ao sustentar que essa iniciativa não passa de um grande censo de irresponsabilidade da parte do MPLA e do seu grupo parlamentar por acharem que podem tomar uma decisão destas de tão elevada responsabilidade sem ouvir ou consultar, sequer, todas as partes envolventes como os partidos políticos com assento parlamentar.