Nota Positiva: Comandante Capusso: O Polícia que tem as "impressões digitais" na redução das cifras criminais em Viana
O actual comandante do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), Subcomissário – Gabriel Jorge dos Santos “Capusso” é apontado em meios castrenses dos munícipes de Viana, como aquele polícia que tem as suas impressões digitais marcadas na redução das cifras criminais naquele município satélite de Luanda.
Por: Telson Mateus
Com um programa específico, no âmbito do Programa Segurança Comunitária e de Policiamento de Proximidade, foi na vigência do Subcomissário – Gabriel Jorge dos Santos “Capusso” que os munícipes presenciavam e testemunhavam, nos mais variados bairros do município de Viana, sobretudo os mais endémicos no que a criminalidade diz respeito, o início de uma relação de paz e harmonia, entre ex-grupos de marginais que se dedicavam a rixas entre si e acções criminosas.
Alguns destes actos, presenciados 'in loco' pelo NA MIRA DO CRIME, ocorreram nos bairros Kapalanga e Mulenvos de Cima, no Km 12-B, onde os marginais tinham tomado de assalto as referidas zonas e ditavam as regras.
Um dos actos de pacificação que teve lugar no Colégio Ely, naquele intrincado bairro do Kapalanga onde, verdade seja dita, os moradores estavam a abandonar as suas residências por conta do elevado sentimento de insegurança, levou a que o "número um" da Polícia Nacional de Angola naquele município satélite de Luanda, levasse a cabo a referida acção.
Para o sucesso daquelas iniciativas ímpares e que, posteriormente foram seguidas e reproduzidas em vários municípios, alguns munícipes e parceiros sociais da Policia Nacional de Angola naquele município que tinham aderido à causa a pedido pessoal do Comandante Capusso tiveram um papel importante.
Naqueles actos, os ex-marginais eram sensibilizados e aconselhados, tanto pelo Subcomissário Capusso como pelos seus acompanhantes, na sua maioria especialistas em diversas áreas do saber e da sociedade angolana, a actuarem por uma mudança de comportamento.
Aliás, o slogan “a juventude é a força motriz da sociedade" fazia reflectir bastante os jovens que, ao invés de serem detidos por alguma acção delituosa, lhes era dada uma oportunidade para se emendarem e fazerem as coisas seguindo as regras de convivência aceitáveis em sociedade.
Esses actos, eivados de muito simbolismo e bastante aplaudidos pelos membros das Comissões de Moradores e pelos próprios ex-marginais, viam na Polícia Nacional, um parceiro a quem poderiam recorrer para denunciar actos mais graves praticados nas suas zonas de residência por indivíduos provenientes de outras áreas cujas acções eram imputadas aos jovens ali residentes.
Dois destes jovens, a título de exemplo, foram Saulo Francisco “Adi” e Josemar António “Dadidone”, ex-marginais de grupos rivais que, antes da intervenção do comandante Capusso não se cruzavam nem 'untados com mel', mostraram-se arrependidos e decidiram dar um rumo diferente às suas vidas.
Na ocasião, abandonaram o mundo do crime, ao mesmo tempo que entregaram as autoridades competentes as armas brancas entre catanas e outros objectos contundentes, que usavam na prática dos crimes nas suas zonas.
Recordando as palavras do Comandante “Capusso”, o Subcomissário disse na época que estavam em execução uma série de planos que visavam promover a cultura e reduzir a desocupação existente a nível dos jovens, apelando aos presentes a absterem-se de condutas indecorosas, a não fazerem parte de grupos de riscos, a valorizarem as suas acções positivas, como a educação, a religião, o desporto, os alimentos saudáveis, o futebol, a música, o teatro e a dança.
"Encontros de auscultação como estes vão continuar a acontecer para salvaguardar o futuro dos jovens que aguardam por inclusão e oportunidade de serem integrados em acções positivas", garantiu.
Aquelas encontros, segundo o programa gizado pelo oficial Comissário da PNA, visaram diminuir os índices de criminalidade no seio das comunidades e levou aos comandantes das esquadras adstritas pelas comunidades a redobrarem o policiamento de proximidade, com vista a desencorajar actos criminosos.
Um homem de 'mil ofícios'...
Atento com a situação criminal, inclusão dos jovens, no mercado laboral e ainda com a situação dos efectivos sob seu comando, o comandante Capusso imprimiu uma dinâmica diferente aos seus antecessores.
Só para se ter uma ideia, orientou os comandantes da sua jurisdição a humanizarem as esquadras com um atendimento personalizado, esquadras limpas e embelezadas.
Não é à-toa que o Comando Municipal de Viana era, na sua época, o comando melhor embelezado, iluminado e limpo.
Naquela altura, com a entrada em cena do então Comandante-geral Arnaldo Manuel Carlos, que agora foi ascendeu ao cargo de secretário de Estado do Interior e que, no seu consulado assumiu a bandeira estratégica da prevenção do crime, com vista a não permitir que o crime ocorra e as consequências sejam visíveis no dia-a- dia dos cidadãos, o Comandante Gabriel Jorge dos Santos Capusso, lançou o livro intitulado “NÃO BASTA SER POLÍCIA”, uma obra autobiográfica, mas com uma componente preventiva forte por meio da materialização prática do policiamento de proximidade, baseada na interacção directa com os cidadãos.
O lançamento daquela obra, inédita, já que são poucos os comandantes municipais que têm obras literárias, científicas ou bibliográficas, o Comandante Capusso reforçou a visão estratégica do actual secretário de Estado, na medida em que, “prevenir é não permitir que as consequências do crime se instalem”.
Importa ainda destacar, que o livro não “BASTA SER POLÍCIA”, retrata as qualidades que devem nortear um efectivo da Polícia Nacional, desde a resiliência, espírito de sacrifício, capacidade se doar à sociedade e inteligência de segurança pública.
Finalmente, desconstrói a narrativa segundo a qual o Polícia é um homem de rosto, coração e mão fechada.
Sem desprimor a outros comandantes da Polícia Nacional, o comandante Capusso é aquele polícia cujas impressões digitais estão marcadas na sociedade e no dia-a-dia dos cidadãos com acções fortes para o combate ao crime e a criminalidade.