Actualização: Governo (ainda não recuou) e estuda melhor maneira para implementar aumento de 25% nos salários da função pública
O Governo está a estudar a melhor maneira de implementar o aumento de 25% nos salários dos funcionários da função pública, previsto inicialmente para ser atribuído, a partir deste mês de Janeiro.
Por: Telson Mateus
A informação foi actualizada em exclusivo ao NA MIRA DO CRIME, esta segunda-feira, 06, pelo director nacional do Trabalho, António Estote.
Segundo o responsável, a sua informação inicial sobre a atribuição do ajuste salarial inicialmente aprovado para ser implementado ainda no mês de Janeiro, "foi feita no dia 02 de Janeiro do ano em curso, um dia antes dessa polémica que está a surgir. Conforme está, passa a mensagem de que houve um recuo da parte do Governo", o que não chegou a acontecer (ainda).
"Tudo porque isso foi dito antes do comunicado de imprensa", notou, para depois esclarecer que a conferência de imprensa feita pelo secretário de Estado, para referir que o Governo estava a depender de uma actualização ou autorização legislativa para o efeito ocorreu na sexta-feira, 03 de Janeiro.
Entretanto, várias vozes na sociedade angolana já se levantaram contra a possibilidade de o governo não atribuir os 25% do ajuste salarial acordado com as centtais sindicais.
Entre essas vozes estão os próprios sindicatos que, se manifestaram surpreendidos com a decisão unilateral de adiar para Março o aumento salarial para a função pública. Por este facto, vão reunir-se hoje para analisar o anúncio feito pelo governo, disse.
“Não houve qualquer definição para atrasar a implementação do acordo. A posição que está expressa na conferência de imprensa é da competência exclusiva do executivo. Não comunicou aos parceiros, que somos nós, com quem celebrou um acordo, não conversou com ninguém” disse à imprensa o secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA).
O representante dos trabalhadores advertiu, por isso, que “então cabe ao próprio executivo assumir as consequências que daí advirem, porque os acordos são para serem cumpridos integralmente, não é em parte”.
Por outro lado, está também a UNITA, por via do seu grupo parlamentar que desmentiu não haver qualquer pendente na Assembleia Nacional que impossibilite ou inviabilize a atribuição da remuneração complementar. Aliás, o partido do 'Galo Negro' instou o Presidente da República a honrar a palavra dada e a partilhar com os angolanos os reais problemas de tesouraria que o País está a enfrentar para não honrar com o compromisso assumido com os funcionários públicos.