Frente Patriótica Unida já "choraminga"
O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, denunciou uma suposta campanha iniciada em várias partes do país para desencorajar a adesão de membros da sociedade civil à Frente Patriótica Unida que visa protagonizar a alternância em Angola.
Por: Lito dias
Falando em conferência de imprensa tripartida (UNITA, Bloco Democrático e o Projecto PRA-JA servir Angola), o político disse ter conhecimento que em muitos níveis já se está a fazer a campanha contra a Frente Patriótica.
"Fui alertado por alguns membros, até do partido no poder com quem falo, que em algumas províncias alguns primeiros secretários /governadores estão a alertar membros da sociedade que se aproximam e demonstram vontade de participar nesta ampla Frente para Alternância com palavras, segundo as quais aqueles quando forem poder vão vos prender. Esses, segundo ACJ, dizem mesmo que a UNITA tem uma lista onde estão enumerados os ricos do país e vão prender e matar algum de vós.
"É a política do medo que devemos condenar", sublinhou. Por seu turno, Abel Chivukuvuku reafirmou, hoje a sua fidelidade ao projecto constituído pela UNITA, Bloco Democrático e Projecto PRA-JA Servir Angola e disse não estar preocupado com cargos de relevo nesta organização.
"Quero reafirmar, em meu nome pessoal, Abel Epalanga Chivukuvuku, e de todos aqueles que são protagonistas neste país de lés-a-lés do Projecto Político PRA-JA servir Angola, a nossa determinação inquebrantável de fazermos parte íntegra e leal desse projecto - Frente Patriótica Unida", disse, assegurando que tem "clara noção" que existe uma percepção errónea neste país construída ao longos dos anos, de que "o mano Abel" só aceita ser número um da lista.
A esse respeito, disse ter tido um mestre que o ensinou que na vida o mais importante não são os títulos, porque os títulos hoje existem e amanhã já não.
"O meu mestre disse: meu filho! hoje, posso te promover e amanhã te despromovo, hoje posso de nomear e amanhã te exonero, mas ninguém vai conseguir tirar o seu propósito e aquilo que estiver na tua cabeça", parafraseou.
Chivukuvuku reconhece haver ansiedade no país, a seu respeito, mas esclarece que o seu propósito é servir o país.
Já o líder do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, falou da necessidade de "expurgar" o MPLA do poder por alegadamente não ser saber governar.
"Os sectores de saúde e educação estão todos bloqueados e não há solução, porque as forças que estão no poder estão esgotadas", frisou, acrescentando que quem quer desenvolver tem que mudar.
Ele considera que não é só o regime está esgotado; mas todas instituições que o sustenta também estão fora do prazo.
"No parlamento, todos os anos, a oposição sugere: vamos dar 20 por cento para a educação e 15 por cento para saúde, 15 por cento para agricultura e pelo menos um por cento para a investigação científica, mas nada disso acontece", aludiu.