Chefe da Casa de Segurança do PR preside comemorações do 30º aniversario das FAA
O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, presidiu, neste sábado, 10, na Escola Superior de Guerra (Campo Militar do Grafanil) no município de Viana.as comemorações do 30º aniversário das FAA, que decorreu sob o lema "FAA, 30º anos de luta e de vitórias na defesa da integridade territorial”.
Por: Matias Miguel
Ao tomar a palavra, o dirigente, em representação do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolas, João Manuel Gonçalves Lourenço, disse que a República de Angola é um Estado soberano, independente, unitário e democrático, que prima pela contínua construção da paz, desiderato alcançado e preservado graças à conjugação de esforços de vários entes políticos, sociais e de segurança nacional.
Furtado considerou fundamental que as forças armadas se mantenham, igualmente, firmes na defesa dos cidadãos, dos símbolos nacionais, das instituições públicas e da democracia, porque são chamadas a jogar o papel de integrador da unidade na adversidade e garantir a paz e a estabilidade que conquistaram em 2002, na concorrência politica para conquista do poder apesar de congregar forças politicas beligerantes.
Perante altas patetes das Forças Armadas e da Polícia Nacional, Francisco Pereira Furtado encorajou as FAA a apoiar a PN na fiscalização e no controlo do cumprimento das medidas de prevenção e combate contra a Covid-19.
Presente ao acto, o Chefe do Estado-Maior das FAA, Egídio de Sousa Santos, reiterou "disponibilidade e prontidão" da instituição militar na defesa da pátria, soberania e integridade territorial, no quadro da legalidade constitucional, tendo sempre presente a garantia do normal funcionamento do estado democrático e de direito.
Na sua intervenção, Egídio de Sousa Santos, rendeu homenagem aos antigos Chefes de Estado-Maior General e aos que durantes os últimos 30 anos tiveram a "árdua missão" de conduzir o processo de formação das FAA.
Desafios e perspectivas
O General Kamorteiro, exímio militar e conhecedor da história militar de Angola, apresentou, em palestra, um tema sobre desafios actuais e perspectivas das Forças Armadas Angolanas, onde explicou os meandros pelos quais as FAA passaram, para a sua unificação, projecção, consolidação e desenvolvimento.
Presidente da República felicitou as Forças Armadas Angolanas (FAA)
Em mensagem, o Comandante-em-Chefe das FAA, felicita os oficiais generais, almirantes, superiores, capitães e subalternos, sargentos e praças, considerando-os militares que, "com elevada dedicação, coragem e determinação, garantem a defesa da independência e da soberania nacional, da integridade do solo pátrio e dos superiores interesses da Nação".
As felicitações são extensivas aos trabalhadores civis "que com os militares muito têm contribuído para a paz e estabilidade do país", bem como às famílias dos "bravos combatentes".
Na missiva, João Lourenço refere que a história que marcou a criação e a evolução das Forças Armadas Angolanas se une, em toda a sua dimensão, à mais recente história de Angola, desde que se tornou independente a 11 de Novembro de 1975.
Acrescenta que nesse "percurso memorável, os bravos combatentes" tiveram o mérito de preservar as conquistas inalienáveis do povo angolano, contribuindo para a projecção do nome de Angola em África e no Mundo.
Encorajamento às FAA
O Chefe de Estado enaltece e encoraja os militares das FAA pelos "feitos inolvidáveis" e rende "singela homenagem" aos que derramaram o seu sangue no teatro das operações militares, entregando as suas próprias vidas pela defesa do solo pátrio, do seu povo e da democracia.
Disse que conta com o empenho das FAA no resgate dos valores morais e cívicos para a moralização da sociedade, considerando uma batalha que, apesar da sua complexidade, todos têm de abraçar, por ser o caminho certo na promoção e implementação de políticas públicas capazes de acelerar o bem-estar dos cidadãos e o reforço da estabilidade nacional.
Segurança e Missões de Paz
Nos 30 anos de existência, segundo o Estadista angolano, as FAA têm transmitido à sociedade segurança e confiança em dias melhores, pela sua capacidade de resiliência e dedicação diante das adversidades.
"Orgulhamo-nos, também, do empenho dos militares angolanos em tarefas de interesse público, nomeadamente na preservação do ambiente, na prevenção e combate à Covid-19 e em missões de apoio à paz, no âmbito dos compromissos internacionais assumidos por Angola", realçou.
Neste domínio, enalteceu o papel das FAA no apoio ao povo de Moçambique, aquando do "Ciclone Idai" e em acções de estabilização militar em Cabo Delgado.
Elogiou, igualmente, o desempenho das FAA no Lesotho, na República Centro Africana e noutros países da sub-região, no âmbito da União Africana, da SADC, da Comunidade Económica dos Estados da África Central, da CPLP e da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.
O Comandante-em-Chefe sublinha que a participação das FAA nessas missões tem contribuído para os esforços comuns a favor da paz e da segurança na região Austral e Central do continente africano.
Espera que, como foi no passado e no presente, no futuro, os militares saibam corresponder com a confiança depositada no cumprimento da nobre missão, fiéis ao slogan "A Pátria aos seus filhos não implora; Ordena!".
A fundação das FAA tem como base os Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo angolano e a UNITA, ao abrigo do qual foram fundidas as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) – exército governamental - e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), dessa organização.
C/Angop