TC aperta o cerco ao galinheiro - UNITA tem 05 dias para esclarecer "agressões" na reunião da Comissão Política
O Tribunal Constitucional notificou a direção do Galo Negro para atestar se os membros da Comissão Política foram ou não coagidos a votar a favor da realização do décimo terceiro Congresso, chamado para os dias 02 a 04 de Dezembro, soube hoje o NA MIRA DO CRIME de fonte segura.
Por: Lito Dias
Segundo a fonte a que tivemos acesso, a não apresentação da reacção do maior partido da oposição no prazo estabelecido pode inviabilizar o congresso marcado para Dezembro.
No entanto, este portal sabe que, Isaías Samakuva e Adalberto costa Júnior reuniram-se ontem, de emergência, para analisar o caso.
A notificação surge na sequência de um documento de impugnação apresentado por cinco militantes da UNITA ao Tribunal Constitucional (TC), alegando actos de agressão e coação de membros da Comissão Política a votarem na realização do congresso em Dezembro.
Para estes, não existe condições para a realização do conclave, por falta de dinheiro.
O TC também recebeu uma denúncia de outros seis militantes, que consideram ter havido comportamentos reprováveis de certos apoiantes de Adalberto Costa Júnior, durante a reunião da Comissão Política.
Dizem mesmo que alguns apoiantes de ACJ teriam concentrado multidão alheia ao partido, na parte exterior do recinto onde decorria a aludida reunião UNITA.
Apercebendo-se da existência desses documentos, O NA MIRA sabe que a direcção do partido fundado por Jonas Savimbi, reuniu assinaturas dos membros da comissão política para darem provimento à inexistência de coação, nem actos que põem em causa a decisão sobre a realização do congresso.
"São mais de 230 membros da comissão política que dizem não à impugnação, enquanto os confusionistas não passam de uma dúzia", afirmou uma fonte próxima da direcção da UNITA.
O NA MIRA DO CRIME sabe que antes do pronunciamento do TC decorria, no Conselho de Jurisdição e Disciplina do partido, um processo que pode conduzir à expulsão ou suspensão desses militantes que, na óptica do conselho, ao pretenderem impugnar o acto, estariam a desrespeitar a decisão do presidente do partido.
Para além do Conselho de Jurisdição, o assunto também tem sido analisado pelo Secretariado do Comité Permanente da Comissão Política, onde mais de dois terços defendem a expulsão do partido de todos os quadros que apresentaram a carta de impugnação da última reunião da comissão política da UNITA.