Eles desgovernam, enganam e abusam a confiança do chefe, mas continuam nos “poleiros”
O Presidente João Lourenço tem sido enganado e induzido em erro por indivíduos a quem terá dado o benefício da dúvida, mantendo uns nos cargos que desempenhavam desde o governo do anterior Chefe de Estado e outros que foi nomeando para desempenhar novas funções. Tal é o caso de quatro governadores provinciais, nomedamente, Ernesto Muangala, Norberto dos Santos, Gonçalves Muandumba e Job Capapinha
Por: Alves Pereira
Em fim de mandato, muitas são as análises que se vão fazendo à governação do Presidente João Lourenço, e do seu Executivo, pelos mais diversos sectores da sociedade angolana, entre outros, destacando-se algumas realizações em benefício do país, mas realçando a continuação do mau hábito de aproveitamento dos cargos governamentais e/ou político – administrativos para enganar e roubar o Estado, mesmo na actual vigência governativa, como tem sido o objectivo de muitos dirigentes, sejam eles resquícios do antigo regime, portanto useiros e vezeiros nessas práticas, ou mesmo os do novo ciclo, promovidos pelo Presidente João Lourenço.
“Todos estão imbuídos do espírito de aproveitarem-se dos cargos para enriquecerem ilicitamente. Para tal, inovam nas ‘técnicas’ para enganar o Chefe, ‘passam-lhe a perna’, pintam cenários inexistentes e levam-no a crer em situações totalmente induzidas”, sublinham analistas.
Neste sentido, as análises questionam a razão da manutenção de alguns governadores provinciais, mais precisamente quatro, que apesar de bastante referenciados por críticas, manifestações de descontentamento das populações, má-gestão do erário público, entre outras incongruências de que têm sido acusados, continuam de “pedra e cal” à frente dos destinos das províncias da Lunda Norte, Malanje, Moxico e Cuanza Sul.
O assunto levanta dúvidas que gera especulações quanto ao “interesse” em manter tais elementos nos cargos.
Em época de eleições, chega até a ser contraproduc ente que governantes indesejados e que deixam as populações agastadas continuem a dirigir os seus destinos, levando ao descrédito o desempenho do Executivo que não consegue encontrar soluções práticas e urgentes para amenizar o premente estado de coisas negativas e faz com que a sociedade descredibilize também o papel do próprio Presidente da República, João Lourenço, que tem sido apontado, desde que tomou posse, de ter-se ligado a algumas pessoas que em vez de o ajudar, só têm prejudicado o seu desempenho.
Considerando o dito popular de que basta uma “batata podre no saco para deteriorar todas”, ao ter confiado em alguns dirigentes provenientes do regime anterior, mantendo uns nos cargos que já desempenhavam e transladando outros para exercer novas responsabilidades, caso dos citados governadores, infelizmente, esses mesmos dirigentes continuam a aproveitar-se dos cargos que exercem para usurpar os bens do Estado, roubar o dinheiro do erário público, em vez de trabalhar em prol da nação.
No regime anterior, mesmo com as “facilidades” que lhes eram concedidas, os ditos “dirigentes” ainda ludibriavam e induziam em erro o anterior Chefe de Estado, levando-o a cometer erros crassos, por execessiva confiança, que acabaram por encaminhar o país para a infeliz situação em que se encontra.
Apesar de se dizer que o Presidente João Lourenço mudou determinados comportamentos e ter mostrado interesse em fazer uma profunda reforma no sistema governativo angolano, começando com o combate à corrupção e todos os males conexos a esse fenómeno que impede e perturba o crescimento económico nacional e que bloqueia o correcto funcionamento das instituições, em prejuízo do desenvolvimento e do bem-estar do povo angolano, ao longo do seu mandato a situação foi tomando rumo inverso e, hoje por hoje, assiste-se ao mesmo filme, um tanto retocado, com novos personagens, e alguns antigos, mas é o mesmo filme, rodado no mesmo cenário.
A maior parte das populações das províncias governadas por Ernesto Muangala, Lunda Norte, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, Malanje, Moxico, Gonçalves Muandumba e Cuanza Sul, Job Capapinha, vivem mergulhadas nas trevas da miséria, desiludidos com as promessas que têm sido reiteradas mas que não trazem melhorias, desesperadas por falta de certeza em dias melhores, porque o seu clamor não tem sido ouvido e não obtêm respostas visando acabar com o seu sofrimento.
O Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) nessas províncias, senão em todas, tem sido o novo “filão de ouro” que está a enriquecer governadores, familiares e amigos.
São apontadas que as empresas que ganham os ditos “concursos públicos” para executar as obras são propriedades dos próprios governadores e/ou de familiares e amigos, que na realidade são apenas “testas de ferro” que dão a cara.
Igualmente, as obras são sobrefacturadas, ou seja, são orçadas em valores superiores aos dos verdadeiros custos.
As que são concluídas, não têm a qualidade inicialmente apregoada e várias dessas obras, mesmo depois de pagas, parcial ou totalmente, arrastam-se por longo tempo e/ou não são concluídas.
Porém, o PIIM tem sido nos últimos tempos o “escudo” com que se protegem esses “maus” governadores quanto ao que (não) fazem nas suas administrações e, por incrível que pareça, o Executivo central acaba por validar os relatórios que lhes são endereçados e propagandear algo que não foi fiscalizado e muito menos constatado para aferir a realidade do se faz e não faz.
Ernesto Muangala – Governador da Lunda Norte
Ernesto Muangala é o governador provincial da Lunda Norte desde 28 de Maio de 2008.
Ao longo de 14 anos, o que melhor soube fazer é manter-se equidistante da realidade da província, altamente rica em diamantes, o que contrasta com o subdesenvolvimento geral e a miséria em que vive grande parte da sua população, a pontos de ser apelidado pelos habitantes locais por “soba”, pelo longo tempo que já leva no cargo e pela arrogância, diga-se menosprezo, com que governa a Lunda Norte.
O descontentamento naquela provincia diamantífera do leste atingiu um nível tão grande como nunca se viu anteriormente. Ao que consta localmente, Muangala passou a ser a figura mais contestada da sociedade lunda, até pelas crianças.
Tem sido acusado de má governacão, nepostismo, abuso de poder e arrogância, sendo um indíviduo sem iniciativas e vontade política para fazer melhor, para ajudar no desenvolvimento local e no bem-estar da população que enfrenta uma pobreza extrema.
Muangala, tal como outros na sua posição, aproveita-se dos recursos da província, mantem redes de exploração artesanal de diamantes, orientadas por “testas de ferro”, e é acusado por fontes locais de pagar com “pedras”, entenda-se diamantes, a “lobbies na Cidade Alta” que trabalham para o ir mantendo indefinidamente na governação da Lunda Norte.
O “soba” Muangala, como foi apelidado, é também apontado como petulante e arrogante quanto baste, sendo um indivíduo que não lida nem interage com os populares, não ausculta os seus problemas e vive como que “encerrado” numa redoma de vidro para evidenciar apenas a sua vaidade e marcar diferença na sociedade lunda nortenha em geral.
A província continua a “marcar passo” apesar de, das suas entranhas, sair a riqueza que tem beneficiado outras gentes e até outros países.
“O subdesenvolvimento da Lunda Norte é confrangedor e só indivíduos sem sensibilidade, sem descernimento, podem assistir, calmamente, o que se passa na Lunda Norte, onde, actualmente, até falar, pode ser considerado crime”, dizem activistas.
“Em meio à pobreza, há o problema, bastante antigo das estradas, todas esburacadas, muitas vias estão cortadas, pontes partidas, troços cortados por ravinas, águas de lagos, rios e riachos, impróprias para consumo humano por causa da intensa actividade de exploração de diamantes, em que também têm sido usados produtos químicos, alguns proibidos pelas convenções internacionais, mas Ernesto Muangala não se importa se as pessoas morrem ou não”, acusam.
Apesar de ser médico de profissão, o governador ‘não se importa’ com a saúde da população, não se empenha para melhorar o quadro, tanto no que toca a infrastruturas hospitalares como na questão médica e medicamentosa.
A população clama por socorro e apela ao Chefe de Estado, João Lourenço, para que olhe para a realidade da Lunda Norte, acuda de facto aqueles cidadãos e exonere de imediato Ernesto Muangala que, em 14 anos de governação, só soube afundar a província em miséria e ravinas!
Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” – Governador de Malanje
A sociedade angolana, com destaque para a população de Malanje, não entende a manutenção do governador Norberto dos Santos “KwataKanawa” na liderança da província, uma vez que, segundo opiniões, “Malanje está transformada numa autêntica ruína, sem eira nem beira”.
O povo está frustrado e questiona a razão para que Kwata Kanawa se mantenha no governo local há 12 anos, apesar de tantas acusações e de inúmeros protestos protagonizados pelos habitantes de Malanje.
Até ao momento é, com Ernesto Muangala da Lunda Norte, o governador que resiste desde o consulado do anterior Presidente, José Eduardo dos Santos, que deixou a liderança do país em 2017.
Kanawa caiu de “paraquedas” no comando de Malanje há 10 anos e, desde 2012, que ali continua “pendurado”.
Segundo os malanjinos, durante todos esses anos a província não registou nenhum avanço rumo ao desenvolvimento e os mais variados sectores da esfera pública estagnaram no tempo e no espaço.
A má governação de Kwata Kanawa e os seus métodos ditadores provocou um êxodo enorme de cidadãos que abandonaram a província, por considerarem que a mesma se encontra num retrocesso marcante.
De acordo com fontes locais, a população está sem esperança, há um grande nível de desemprego, a juventude anda à deriva, há inúmeras crianças fora do sistema de ensino, há pessoas que estão a enlouquecer por causa da fome, a cidade - sede está toda velha, a cair aos bocados, as ruas esburacadas, tudo num estado lastimável, até as pessoas, por falta de esperança e de um rumo que garanta que as coisas voltarão ao normal, estão desnorteadas e cabisbaixas.
Kwata Kanawa está a desgraçar Malanje, está a matar os malanjinos, o povo clama ao governo central, ao Presidente da República, mas nada tem sido feito, e o algoz continua a fazer e a desfazer em seu próprio proveito, dos seus familiares e amigos, que se apoderaram de tudo.
“Os que têm reagido contra a governação de Kwata Kanawa, os que protestam pelos seus direitos e pela melhoria da situação social da população, são presos e torturados por ordem do governador”, refere um jovem identificado por Augusto.
“A manifestação é um direito, mas aqui é crime, já fui preso, já levei porrada, os activistas não respiram, são perseguidos sem tréguas, mas não nos vamos calar, só se nos matarem, vamos continuara as manifestações até o Kwata Kanawa sair de Malanje, porque se continuar, o MPLA e João Lourenço não terão o nosso voto, não adianta votar em quem aceita o sofrimento do povo e protege um facínora como este governador”, afirmou o jovem.
Quando há uns anos o vice-Presidente Bornito de Sousa, visitou Malanje, os jovens entenderam que seria uma boa ocasião para manifestarem-se de maneira a fazer chegar um recado de forma directa ao ponto mais alto do poder no país.
Mas, como resultado daquela acção, quatro activistas foram sumariamente condenados a seis meses de prisão pelo tribunal daquela província.
Enquanto isso, os protestos e as manifestações não pararam, mas o governador resiste e quem de direito não tuge nem muge.
Por altura da primeira visita do Presidente João Lourenço à província, a mandato de Kwata Kanawa, a Polícia Nacional antecipou-se e puseram sob sua custódia todos os activistas da cidade de Malanje e arredores.
Os jovens foram recolhidos nas suas próprias residências como se de marginais altamente perigosos se tratassem, foram encerrados numa cela e soltos apenas depois do Chefe de Estado deixar Malanje.
Desde o regime anterior que Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” vai resistindo a tantos protestos, entre ofensas e pragas rogadas pela população.
O povo pede a sua exoneração mas continua inamovível. O que estará por detrás dessa pretensão em mantê-lo a governar Malanje? Eis a questão!
Gonçalves Muandumba - Governador do Moxico
A situação de descontentamento popular na província do Moxico aumenta a cada dia e pode chegar a proporções incontroláveis, considerando que o governador Gonçalves Muandumba caiu no descrédito, é seriamente contestado e pede-se a sua exoneração imediata.
Os cidadãos acusam-no de não estar preocupado em melhorar as condições de vida dos cidadãos daquela parcela do território nacional.
Os populares estão indignados contra o que chamam de desleixo e de nada se fazer pela melhoria das condições de vida e bem-estar das populações locais, principalmente desde que Gonçalves Muandumba foi nomeado para governar a província.
De acordo com notícias que circulam a diversos níveis, o governador continua a impingir à sociedade do Moxico “gato por lebre”, gastando o dinheiro do erário público com ninharias, em vez de aplicá-lo onde é necessário para minimizar as muitas carências que a província tem, apostar realmente em projectos sérios que conduzam à criação de condições para desenvolver o Moxico em diversos sectores, em benefício das populações locais e do país.
Os habitantes do Moxico estão agastados com atitudes do governador, que consideram desonestas e que visam enganar tudo e todos, principalmente o chefe de Estado, João Lourenço, como, por exemplo, no caso da dita “empreitada” de terraplanagem do troço que liga a comuna de Mussuma Mitete à sede do município dos Bundas e que foi orçada num valor designado por astronómico, ou seja, mais de um bilhão de Kwanzas.
Diante das profundas dificuldades sociais que se vive no dia-a-dia na provínica, com cidadãos a morrerem por falta de assistência médica e medicamentosa, entre muitas outras carências, a sociedade moxicana não compreende “porque ‘carga de água’ o senhor Gonçalves Muandumba priorizou uma empreitada daquelas numa altura em que o povo sofre com uma miséria atroz, já que o município dos Bundas figura entre os mais pobres de Angola”.
Para os cidadãos, é necessário olhar para as questões mais estruturantes da província, que consubstanciam - se na melhoria da qualidade de vida das populações, garantindo maior assistência social, educação, saúde, água, energia, saneamento básico, etc.
“No caso das estradas, que por sinal são também necessárias e fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade, pois, é através dela em que se melhora a mobilidade de pessoas e bens, sobretudo do campo para as cidades, o povo não deseja estas de natureza paliativa; o povo quer de facto estradas asfaltadas, fora disso, o povo prefere, por exemplo, um hospital, do que gastar um montante tão elevado numa obra que estamos plenamente conscientes que dentro de pouco tempo será desfeita pelas chuvas”, apontam.
Segundo os populares, em vez de desenvolvimento, o que se assiste no Moxico é um atraso, cada vez maior, que se vai acentuando a cada dia, sem que o governo do Sr. Muandumba se preocupe em solucionar, pelo menos, os problemas mais básicos.
“O senhor Muandumba devia primar em melhorar e fazer algo de jeito, tratar de questões estruturantes que impactem positivamente na vida dos cidadãos da província, e escusar- se dessas obras que todos sabemos que no final só servem para justificar o gasto desnecessário de fundos públicos”, frisaram.
Job Capapinha – Governador do Cuanza Sul
Quando foi nomeado para o Cuanza Sul, o espanto foi enorme em meios da sociedade, bem como da opinião pública em geral.
Não fazia sentido, o Presidente, que levantou a bandeira da luta contra a corrupção, o peculato, o nepotismo, a impunidade, entre outros, nomear para governar o Cuanza Sul alguém, com uma folha de serviços tão desabonatória.
Job Capapinha,chegou ao terreno e sem avaliar ou conhecer situações locais, sem apelo nem agravo, impôs mudanças, fez e desfez, em prejuízo dos habitantes.
Logo começaram a ouvir-se diversas queixas de cidadãos que se diziam injustiçados por razões várias, alegando prepotência do governador.
De seguida veio ao de cima o caso do aluguer milionário de viaturas e casas para os vice-governadores, situação que chamou a atenção de atentos analistas que perceberam que as coisas não andavam nada bem por aquelas bandas.
Na sequência de diversos acontecimentos, um grupo de funcionários do governo provincial, que afirmaram ser “militantes do MPLA de coração”, entre responsáveis, trabalhadores de base, seguranças, pessoal da limpeza e fornecedores de serviços, num documento tornado público, descreveram que conheciam, profundamente e em detalhes, a realidade e as acções da “má governação” de Job Capapinha, baseada no amiguismo, na má gestão, desvio de dinheiros públicos e apropriação indevida de bens do Estado, “tudo dentro de uma promiscuidade que até envergonha (va) quem trabalha (va) na instituição”.
Os referidos funcionários acrescentaram que Job Capapinha transformara o governo do Cuanza Sul numa instituição vergonhosa que em nada ajuda (va) o desenvolvimento de Angola.
Os denunciantes afirmaram ter em sua posse provas de todas as denúncias que faziam, alegando que tinham documentos dos desvios, entre outros.
Os funcionários afirmaram ainda que todas as queixas contra Job Capapinha iam dar em nada, porque o sub – procurador, entre outros dirigentes das estruturas judiciais, de defesa e segurança, incluindo a Polícia e o SIC, estavam mancomunados com o governador para usufruírem de benesses.
Job Capapinha já exerceu diversos cargos governamentais como o de ministro da Juventude e Desportos, governador da província de Luanda, entre diversos outros, para além de chefe do Movimento Espontâneo, um projecto do mais velho Justino Fernandes que acabou por “tomar de assalto”.
Como tem sido referido por notícias que circulam, por onde passa Capapinha não deixa saudades, não só pela sua arrogância, mas sobretudo pela incapacidade e/ou negligência com que desempenha os respectivos cargos para que tem sido nomeado, como descrevem analistas do cenário político angolano, que dizem não entender como é que um partido como o MPLA, experiente, recheado de indivíduos capacitados, que quer continuar no poder e a governar o país, comete tantos “erros de palmatória”, continuando a deixar que sejam nomeados incompetentes e trapaceiros para cargos relevantes no Governo, mesmo depois de provas dadas nesse sentido.
Indivíduos como Job Capapinha, ou “Capapoeira”, como agora é chamado no Cuanza Sul, mancham a imagem do partido, do Executivo e do país, irritando e decepcionando os cidadãos que, actualmente, deixaram de acreditar no partido que governa, nas promessas dos seus dirigentes e cada vez mais se vão pautando pela “cartilha” da mudança.
Entre muitos outros escândalos revelados então, os funcionários apelaram ao Presidente da República, à PGR, ao SIC, Polícia Nacional e às demais autoridades, para que interferissem e pusessem cobro imediatamente aos desmandos que acontecem no Governo do Cuanza Sul. Mas, até hoje, ficaram a ver “poeira”.