Grupo Dar Al-Handasah: Do roubo das riquezas angolanas à criação de um partido político islâmico em Angola
O grupo libanês Dar Al-Handasah, que consta da lista de “financiadores do terrorismo internacional” dos Estados Unidos da América, tem sido descrito como um dos apoiantes e financiadores para a criação, em Angola, de um partido político de filosofia islâmica, com fins obscuros, entre os quais, instalar o caos social no país, à semelhança do que se passa em Moçambique e tem acontecido em diversas partes do mundo
Por: Mbinza Dikoza
O grupo libanês Dar Al-Handasah, que tem sido acusado de levar a cabo actividades lesivas ao Estado angolano, que já duram décadas, são agora apontados como apoiantes de um esquema que visa prejudicar o Povo Angolano e está a preocupar grandemente os cidadãos, ou seja, os islamitas, em Angola, pretendem criar um partido político, que será financiado por empresários da sua comunidade com forte poder económico, para tirar vantagens políticas e sociais, gerando um ambiente de controvérsias que acabará por despoletar conflitos, à semelhança do que tem acontecido em outras sociedades que o islão tenta controlar e manipular segundo os seus critérios de subjugação de povos.
O Dar Al-Handasah, nos seus métodos de actuação, faz-se passar por uma instituição imaculada, recta, honrada e amiga, quando, sob a capa de cooperação, para ajudar a desenvolver o país, acaba por enganar, envolvendo-se em todo tipo de trapaças, criando situações para sugar as riquezas angolanas, usando os seus habituais métodos de suborno, pagamento de subcontratos e outras “engenharias” para continuar a movimentar-se à vontade em operações a nível dos petróleos, exploração mineira, da construção, do comércio, entre outros negócios, tendo montado planos de corrupção, usurpação de fundos públicos, branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo internacional, estando sob vigilância dos Estados Unidos da América.
O consórcio Dar Al-Handasah que, ao entrar em Angola, via KGB da então União Soviética, como uma organização “amiga”, talvez da “onça”, apenas tinha em vista a exploração das riquezas angolanas.
Os Estados Unidos da América apontam-no como financiador de organizações terroristas como o ISIS e o Hezbollah, entre outras.
Segundo informações a que se teve acesso, quando o conflito armado ainda se verificava no país, destaca-se que “o grupo Dar Al-Handasah vendia ao Governo angolano todo o tipo de equipamentos militares, desde viaturas a aviões, armas e munições, provenientes da então União Soviética, geralmente material obsoleto, em mau estado, porque era retirado do arsenal descartado.
Está ainda na memória dos cidadãos angolanos o grande número de aviões do tipo Antonov que caiam constantemente e ceifaram milhares de vidas angolanas, entre outros.
Contudo, a desfaçatez desses “embusteiros” ia ao ponto de, enquanto vendia armas e equipamentos militares ao Governo, “para ajudar a pôr fim à guerra” como alegavam, também vendiam armas, munições e outros à UNITA, na Jamba, e incentivavam-na a incrementar o conflito, enganando uns e outros, atiçando o ódio entre irmãos, para tirar proveito.
Esta é apenas uma das facetas do grupo, conforme é descrito pelos que acompanham a história da sua evolução ao longo dos tempos.
Nos últimos dias, diante de uma “certa distração” das autoridades angolanas sobre o assunto, tem sido comentado que há movimentações, de “determinados indivíduos”, em algumas partes de Luanda e também em várias outras localidades do país, com destaque para Benguela, Huambo, Huíla, Bié, Cuando Cubango, Lundas, Norte e Sul, Malanje, Cuanza Norte, Uíge e Zaíre, visando a expansão do Islão e a recolha de apoios para “a criação de um partido político” de cariz fundamentalista.
De acordo com uma fonte da comunidade de muçulmanos angolanos, que pediu anonimato por razões óbvias, já data de algum tempo a intenção de elementos islamitas expatriados “infiltrarem-se” na política angolana criando um partido político.
“Esses indivíduos sempre quiseram assumir protagonismo no país, criando divisões e menosprezando os angolanos, pelo que resultou em ‘fricções’ entre as comunidades de muçulmanos, de expatriados e de angolanos originais. Há muitos interesses nisso tudo, Angola goza de uma posição estratégica a nível de áfrica, é um país rico, possui uma diversidade de produtos naturais, sobretudo minérios, que interessam muita gente e eles querem, de alguma forma, tirarem proveito disso. Daí que muitos deles adquiriram a nacionalidade angolana, uns por casamento e outros através de esquemas inconfessos, mas que têm uma finalidade. Estes são utilizados e apoiados pelos consórcios empresariais de origem islamita que operam no nosso país, para atingir esse fim”, disse a fonte.
A mesma realça também que o assunto não é novo e “as autoridades angolanas têm conhecimento”, pelo que “a situação devia estar sob controlo”.
A fonte alerta ainda para o caso de Moçambique, onde as autoridades permitiram que a radicalização islamita se enraízasse no seu território e foram apanhadas de surpresa, com os ataques de grupos armados em Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, entre outras situações de terrorismo que vão acontecendo naquele país irmão.
“Quando as barbas do vizinho estão a pegar fogo põe as tuas de molho” e o Governo angolano tem que estar prevenido e investigar o que se passa a nível dessas comunidades, nas mesquitas que continuam a surgir pelos bairros das cidades.
“O islamismo em Angola tem-se comportado tipo ‘camaleão’; apalpando, pisando leve, passo sim, passo não, mas ganhando terreno e como que despercebidamente vai-se implantando na sociedade angolana”, lê-se numa notícia publicada em tempos.
A população islamita de Angola, apontam análises competentes, já ronda a cifra de um milhão, talvez um pouco mais, embora os angolanos nativos, convertidos à religião ou já educados nela, ainda sejam em minoria, comparando-se aos muçulmanos oriundos de países islamizados do Médio Oriente e do Oeste de África, muitos dos quais já angolanos e com descendentes.
Nos últimos cinco, seis anos, destacam as análises, o islamismo em Angola está-se a expandir de forma bastante invasiva, abdicando mesmo da subtileza anterior, devido ao facto de, por negligência e/ou indiferença das autoridades, haver um ambiente mais favorável aos designíos islamitas.
A expansão do islão em Angola tem-se tornado tão mais fácil porquanto as elites governantes corruptas, não se contentam com o que já têm e querem sempre mais, sem medir consequências e muito menos importam-se com o futuro do país e do povo angolano.
Até a três décadas atrás, o islamismo era totalmente desconhecido em Angola. Porém, devido à desmedida ambição das elites do poder, o país está a sofrer uma “nova colonização”, desta feita mais drástica e “vampiresca”, dado o seu efeito “sanguessuga” sobre as riquezas nacionais, em detrimento dos cidadãos angolanos que acabam por ser, diante da miséria que se alastra em meio das populações, os “trabalhadores braçais”, diga-se “escravizados”, dos estrangeiros islamitas, que enriquecem sem esforço, assim como os seus países, financiando e fortalecendo o terrorismo internacional.
Assalto às riquezas angolanas
Atendendo que o comércio, nas suas diferentes modalidades, foi sempre a actividade económica preferida pelos muçulmanos, os originários do Médio Oriente, libaneses em especial, geralmente associados a governantes nacionais, dominam o comércio externo, as cadeias de distribuição de bens acabados e os grandes armazéns.
Já os originários dos países do Oeste de África, predominando entre eles os malianos e senegaleses, mas incluindo os da República da Guiné , Nigéria, entre outros, são os que dominam e exploram o pequeno e médio comércio, o retalho, as vulgo “cantinas”, bem como o mercado paralelo de divisas, que é gerador de grandes lucros, assim como as lojas de telecomunicações e acessórios auto. Praticamente tudo está nas mãos de muçulmanos estrangeiros.
De acordo com fontes bem colocadas, os muçulmanos estão vertiginosamente a apoderar-se do controlo de novos sectores, como a agricultura, a indústria e, principalmente, o mineiro, onde já estão bem implantados.
Assim sendo, o garimpo de ouro que presentemente se regista de forma assustadora na região de Samboto - Chipindo, província da Huíla, é praticamente controlado por “mamadús”, com destaque para os malianos, que usam e abusam a mão-de-obra local.
Infelizmente, esses indivíduos estão associados a membros das elites no poder que lhes dão o consentimento para agirem a seu belo–prazer e tudo lhes permitem. Mas há muito mais, com outros muçulmanos envolvidos na exploração mineira directa em vários pontos do país.
Mais desenvolvimento do assunto em próximas edições!