PR diz ser preciso tomar medidas a casos de negligência médica
O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta segunda-feira, na província do Bengo, ser necessário a tomada de medidas em casos de negligência médica nas unidades hospitalares do país.
O Chefe de Estado falava à imprensa após ter inaugurado o novo Hospital Geral do Bengo, situado na localidade do Bucula, cerca de cinco quilómetros da cidade de Caxito, denominado Reverendo Guilherme Pereira Inglês.
João Lourenço admitiu que casos de negligência médica ainda existem, como em toda a parte do mundo, e que as autoridades vão continuar atrás deles.
Como exemplo, referiu que, no caso mais recente de negligência médica de mau trato a um cidadão que se dirigiu a uma unidade hospitalar, as autoridades competentes tomaram as medidas que se impõem, negando haver impunidade.
Para o Estadista, pretender-se que o sistema de saúde em Angola, neste momento, seja perfeito é exigir demais.
O hospital Reverendo Guilherme Pereira Inglês, tem capacidade para 200 camas, 15 áreas clínicas distribuídas em 24 blocos, seis residências para profissionais e um centro de hemodiálise.
O novo hospital, cujas obras iniciaram em Julho de 2021, custou aos cofres do Estado cerca de 63 milhões e 180 mil dólares. Será um centro de formação e investigação científica e vai abarcar vários serviços, com destaque para medicina geral, pediatria e cirurgia.
Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o hospital foi construído com o objectivo de ser uma referência no atendimento humanizado de excelência, investigação científica e formação de quadros. A empreitada gerou cerca de 650 empregos directos em várias categorias.
O Hospital, de nível terciário, vai garantir a prestação de serviço de média e alta complexidade reduzindo, em grande medida, as evacuações para Luanda e para o exterior do país. Vai atender a população do Bengo e das províncias vizinhas.
PR inaugura Centralidade Teresa Afonso Gomes na província do Bengo
O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, esta segunda-feira, a primeira fase da Centralidade Teresa Afonso Gomes, localizada na cidade de Caxito, província do Bengo.
Nesta fase inicial foram construídos 80 edifícios, dos quais 72 abrigam lojas e 486 habitações, sendo oito delas moradias térreas, bem como postos de saúde, de polícia e uma escola primária de 24 salas.
Prevê-se na segunda e última fase a construção de mais 78 edifícios de diferentes tipologias, perfazendo assim o total de mil habitações, nomeadamente 946 apartamentos, 30 moradias térreas e 72 lojas.
As primeiras 486 unidades habitacionais, das mil previstas, vão beneficiar, maioritariamente, os funcionários públicos, estando prevista uma quota destinada para juventude.
O projecto habitacional é o segundo na província do Bengo, depois da Centralidade do Capari, a primeira a entrar em funcionamento, com 4000 unidades habitacionais.
A centralidade, que passa a chamar-se "Teresa Afonso Gomes”, em homenagem a heroína que participou no processo de luta de libertação nacional, tem um total de mil habitações, das quais 946 apartamentos, 30 moradias e 72 lojas. Compreende edifícios da tipologia T3, de quatro pisos.
A centralidade contempla ainda várias estruturas sociais como escolas primária e secundária, posto de saúde, esquadra policial, campo multiuso, jardim de infância e campo de futebol 11.
Autorizada pelo Presidente da República, por meio do Despacho nº 54/21, de 29 de Abril, a Centralidade ficou orçada em 182,9 milhões de dólares norte-americanos, acrescidos de USD 4,5 milhões para o contrato de fiscalização.
Homenagem a Teresa Afonso Gomes
Teresa Afonso Gomes nasceu em Nabuangongo, em 1946, e faleceu em Março de 1967, na Base do Quincuzo (Congo Kinshasa), actual RDC.
Filha de camponeses, Teresa Gomes só completou a escolaridade primária e, desde cedo, apoiou os guerrilheiros que combateram na primeira região político-militar do MPLA.
Em 1965 frequentou um curso no Centro de Instrução Revolucionária (CIR), em Dolisie, e incorporou-se no "Esquadrão Kamy" (uma coluna guerrilheira formada por combatentes do Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA).
Esse esquadrão ficou especialmente conhecido por integrar cinco mulheres guerrilheiras fundadoras da OMA, nomeadamente Deolinda Rodrigues, Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim e Teresa Afonso Gomes (a homenageada).
As obras de construção da centralidade tiveram início em Fevereiro de 2022 e geraram aproximadamente mil e 350 novos empregos directos.
Estado vai deixar de construir centralidades
O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta segunda-feira, em Caxito, Bengo, que o Estado angolano vai deixar de construir centralidades, depois de erguer as anunciadas para as províncias do Cuanza Norte, Malanje, Zaire e Cabinda.
Em declarações à imprensa, depois de inaugurar a Centralidade Teresa Afonso Gomes, João Lourenço disse que ao Estado cabe a criação de políticas para tornar mais baratos os materiais de construção, que devem ser produzidos localmente, e construir a chamada habitação social, ao contrário das centralidades.
Explicou que a questão da habitação é da responsabilidade de vários actores, nomeadamente o sector privado, cooperativo e o próprio cidadão, no quadro da auto-construção dirigida, e o Estado é apenas um deles.
As centralidades a serem construídas, referiu, nas províncias referidas, vão ser erguidas e depois disso o Estado vai fazer aquilo que lhe compete, ou seja construir habitações sociais e criar políticas para incentivar o sector privado, bem como preparar e criar infraestruturas para a auto-construção.
Avançou que cooperativas de habitação, existentes ou por criar, também devem fazer a sua parte, assim como os homens de negócios podem apostar, se quiserem, na construção de habitações ou investirem neste sector.
Nos últimos anos, o Governo construiu 14 centralidades, com cerca de 39 mil habitações, discriminadamente em Luanda, Benguela, Bié, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Namibe, Moxico e no Uíge.
Luanda é a província com mais centralidades construídas, nomeadamente, Kilamba, Sequele, Vida Pacífica, Zango Zero, KK5000, Zango 8000 e a do 44.
Por outro lado, o Chefe de Estado deu a conhecer que a estrada entre Caxito e Nambuangongo será reabilitada em breve, pois o departamento ministerial competente foi orientado a tratar com urgência este pequeno troço.
C/Angop